terça-feira, 10 de novembro de 2009

RH e Governança Corporativa

A ligação de boas práticas de RH com excelentes princípios de Governança Corporativa é evidente. Vale dizer que, na minha visão, dentro de 2 a 5 anos, os RHs que souberem acompanhar essa questão, se diferenciarão e vão ganhar as melhores posições junto aos presidentes e no mercado, de uma forma geral.

Neste Blog já tratamos um pouco sobre a questão da remuneração dos principais executivos da empresa. Também já falamos um pouco do papel que os RHs passam a ter a chance de desempenhar nos Conselhos, com a criação de Conselhos voltados para questões de remuneração.

Outro tema interessante que tem aparecido recentemente são as chamadas poison pills, que foram assunto da revista Exame e do Valor Econômico. Para quem desconhece, a definição do próprio texto da Exame:
  • "Trata-se de um termo de proteção, principalmente de empresas com capital pulverizado, ou seja, sem controlador definido, para evitar operações hostis de tomada de controle acionário. A cláusula estabelece um "gatilho" sensível a um percentual limite de ações pertencentes a um mesmo controlador. Caso o investidor queira se tornar detentor de uma quantidade de ações acima do percentual estabelecido no estatuto da empresa, ele é obrigado a fazer uma oferta pública de aquisição dos demais papéis, dando aos acionistas a oportunidade de se desfazer de suas posições."
Esse dispositivo legal, que a primeira vista parece não ter nada a ver com RH, na verdade está sim ligado a nossa área. Por que?

Em última instância, Poisons Pills é um instrumento que visa que o comprador de uma empresa pague por uma empresa um preço maior do que o que vem sendo negociado em bolsa. Se a administração vem entregando resultados ruins (clássico problema de RH - desempenho), adotar a pílula pode ser uma maneira evitar compras que visassem uma troca de controle para obtenção de melhores resultados e, consequentemente, derrubada do CEO (algo que era comum nos anos 80, época mais intensiva dos Leveraged Buyouts).

Não há muitos estudos conclusivos sobre o tema. Há um do Japão, escrito em inglês, para quem tiver coragem de ler.

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